Alice Caymmi – Alice
A jovem cantora com um sobrenome de peso se afirma cada vez mais no cenário pop nacional e demonstra ter luz própria e talento de sobra. “Alice” representa uma nova etapa na carreira de Alice Caymmi, com um olhar mais voltado para um pop simples e direto, e com uma mensagem potente de afirmação da força feminina que se destrincha ao longo das nove faixas. É o que encontramos, por exemplo, em “Sozinha” e “Eu te avisei”, esta ultima, parceria com Pabllo Vittar. Há também as participações de Rincon Sapiência em “Inimigos” e Ana Carolina que colaborou na composição da romântica “Inocente”. “Alice” é um álbum cativante, simples e contagiante.
Filipe Catto – Catto
O terceiro álbum do cantor e compositor gaúcho possui uma aura mística, com uma sonoridade repleta de influencias rock e da música eletrônica, “Catto” é carregado de simbolismos e imagens que vão abrindo portas para sentimentos, impressões e mensagens que Filipe Catto quer nos passar. Este conceito já é indicado na abertura com “como um raio” de Rômulo Fróes e Nuno Ramos onde ele faz uma apresentação forte do seu canto, canto esse que, como vem acontecendo desde seu lançamento com “Folego” é um trunfo do disco, uma interpretação rica em sentimentos com o seu trimbe raro e marcante. “Lua Deserta” descreve cenas e símbolos místicos junto a um arranjo com referencias orientais e revela muio sobre o lado espiritual do artista. Destaca-se também “Só por ti” parceria de Catto com Zélia Duncan e ainda “É sempre o mesmo lugar” que fala sobre o Brasil de hoje em versos como “o meu país eu sei, é tudo por um triz, viver, morrer, fugir...”
Black Panther the álbum – Trilha sonora de Pantera Negra
O filme de super-herói mais revolucionário dos tempos atuais tem uma trilha sonora à altura. Concebida e produzida pelo aclamado Kendrick Lamar, Black Panther the álbum representa bem a atmosfera do filme e traz o que há de melhor no hip hop e no R&B hoje. Como, por exemplo, os dois primeiros singles “All The Stars” com a revelação SZA e “Pray For Me” com a participação de The Weeknd. Kendrik, já vem construindo uma trajetória de grande relevância com seus álbuns “To pimp a butterfly” e o mais recente “DAMN.”; e aqui ele faz uma exaltação a música e a cultura negra, bem como das riquezas e influencias da África, com batidas, referencias e sons que remetem ao berço da humanidade. Inserida dentro da história da majestosa Wakanda, a trilha tem força e faz jus ao termo “representatividade”.