Um pai fala para seu filho que ele deveria ser mais responsável, que, na época dele, era diferente, que tudo na vida necessita de cuidado, zelo, espera, paciência. Paciência? Espera? A nova geração tem dificuldade com essas duas simples palavras. Para entender tal situação, vivenciada diariamente na dinâmica familiar atualmente, é de suma importância que se conheçam e identifiquem os tipos de gerações e suas respectivas características.
Desde os escritos de Platão o discurso sobre gerações é constante. Porém, para entender como se comporta cada geração, deve-se levar em conta os eventos históricos, pois são estes que influenciam profundamente ou determinam, de certo modo, os valores e visão de mundo dos indivíduos de cada época.
A Geração X (pessoas nascidas no início da década de 1960 até o final de 70) é formada por todos os indivíduos que nasceram após o Baby Boom (aumento de taxa de natalidade no E.U.A. após a Segunda Guerra Mundial). Essa geração, devido ao pós-guerra, cresceu acreditando que enfrentaria um mal incerto, um futuro hostil e, por isso, caracterizou-se pelo acúmulo de experiências (erros e acertos), buscando a individualidade, mas sem a perda da convivência em grupo. Observa-se, ainda, a maturidade e escolha por produtos de qualidade, saindo para fazer carreira no mercado de trabalho.
Os indivíduos que nasceram em fins dos anos 70 e início dos anos 90 pertencem à chamada Geração Y. É a geração dos grandes avanços tecnológicos e da prosperidade econômica. Essas pessoas viram surgir a TV a cabo, videogames, computadores. Cresceram vivendo em ação, estimulados por atividades múltiplas, não se sujeitando a tarefas subalternas de início de carreira e, por isso, lutam por salários ambiciosos desde cedo. Esta foi a primeira geração verdadeiramente globalizada.
Já a Geração Z é conhecida como “Nativas Digitais”. São considerados dessa geração os indivíduos que nasceram entre o fim de 1992 a 2010. Estes não imaginam o mundo sem computador, internet. Vivem online e estão um passo a frente dos mais velhos; estão sempre atentos em adaptar-se aos novos tempos, desapegados às fronteiras geográficas; vivem interagindo com pessoas virtualmente. Porém falta-lhes intimidade com a comunicação verbal e interação social e são desprovidos da capacidade de serem ouvintes, vivendo imersos no mundo virtual e isolados através de fones de ouvido.
Devido às peculiaridades de cada geração surgem conflitos e consequentemente confrontos. Pais, professores e a sociedade em geral estão sentindo grandes dificuldades para lidar com as características advindas das diferentes gerações, pois parecem que não falam a mesma língua. Então o que fazer? Como lidar com tantas diferenças? O caminho é entender que cada geração tem suas características e que o comportamento mais adequado é aquele que versa o equilíbrio, o que facilitará que a interação entre os diversos grupos seja positiva.