NASCE UM GRANDE IMORTAL: das narrativas do Sítio Saracura às sendas literárias

(Domingos Pascoal / Rusel Barroso)

Antônio Francisco de Jesus "Saracura"

Antônio Francisco de Jesus "Saracura"

Oriundo da grande Itabaiana, eis que surge, para enriquecer a Literatura Sergipana, um cidadão simples, cuja serenidade encanta os que têm o privilégio de, com ele, trocar um dedo de prosa. Sua fala, genuinamente nossa, valoriza as nossas raízes e a linguística que, sabiamente, defendemos nas academias, sejam literárias ou de ensino superior.

Seus textos, vivos e transparentes, cantados em verso e prosa, passeiam pela cultura popular sem se perder da literata, pois fazem com que a sabedoria frequente a ciência, mas continue solta pela vida, como se convidasse a razão a transitar pela poesia.

Não por acaso, setembro de 2016 ficará marcado na história da cultura sergipana com a escolha de Antônio Francisco de Jesus, o nosso Saracura, para ocupar, na Academia Sergipana de Letras, a Cadeira nº 10, sucedendo o admirável escritor Hunald de Alencar. Ambos, titular e patrono, cada um a seu modo, legam à sociedade um bem admirável e que, por certo, se perpetuará de geração a geração. A eleição, nada fácil, serve de exemplo para mostrar que querer é poder, sobretudo quando se é capaz, especialmente de mudar o conceito das pessoas para uma visão mais ampliada como exige o mundo atual.

Aplausos aos imortais da Academia mater de Sergipe e os mais efusivos cumprimentos por tão louvável iniciativa. Não há dúvida de que Antônio (Saracura) estará sempre a fulgurar pelas sendas literárias, solidificando, ainda mais, o patrimônio cultural sergipano, traço singular dos filhos que engrandecem a nossa terra, mormente o interior do estado.

Que o nobre confrade continue a construir seus textos para abrigar o conhecimento e que este possa transcender os muros que apequenam a grandeza do saber!

Bem-vindo seja, portanto, à Guardiã das Letras de Sergipe, Saracura!