O caminho dos livros

Num país onde os poderes públicos pouca importância dá ao desenvolvimento cultural e consequentemente à literatura, O CAMINHO DOS LIVROS tem se tornado cada vez mais difícil em chegar aos propensos leitores, até mesmo porque, por conta desse descaso, a sociedade brasileira, culturalmente, não é dada à leitura, principalmente nos dias atuais com essa parafernália virtual. Exceto os livros didáticos, que somos obrigados a comprar, os demais livros publicados, como biografias e histórias diversas, alcançam tão somente um pequeno público, notadamente alguns amigos do autor, e pessoas interessadas ou intrinsecamente ligadas ao tema abordado nas referências obras.

Em ITABAIANA, considerando que por aqui, tudo é diferente do resto do mundo, O CAMINHO DOS LIVROS, pelo menos nos últimos tempos, tem seguido uma trajetória diferente e até alvissareira para quem escreve e também para a cultura literária. Apesar de, pelo menos no meu caso, não dispor de qualquer incentivo público, os livros dos seus diversos seguimentos autorais, tem tido uma satisfatória aceitação popular, que só aumenta a cada publicação e esse fenômeno só é possível graças à participação ativa de setores do comércio local, que, além de seus incondicionais apoios culturais, participam dos lançamentos e, sempre que necessário, ainda compram de um ou outro para presentear parentes e amigos por este Brasil a dentro e até no exterior. 

João Bispo de Gois ao lado dos seus familiares.

João Bispo de Gois ao lado dos seus familiares.

Uma dessas ilustres figuras, tem sido o industrial e comerciante João Bispo de Gois, o popular João Da Fábrica de Bueiros Nova Aurora, que juntamente com seus familiares, além dos incentivos, quando pode, claro, assim que deseja presentear alguém, me liga e diz:

- Carlos Mendonça, está à onde? Me traga tantos livros tal e venha junto para fazer a dedicatória para uns amigos que tenho em Nova Iorque, Madrid e na China. Isso me deixa, como diz os matutos, feliz, alegre e satisfeito, porque essas nobres ações, além de divulgar nosso trabalho por este mundo à fora, no meu caso, o amigo João da Fábrica e família, contribui decisivamente para que eu possa continuar escrevendo o que o povo deseja ler, visto ser da venda dos meus humildes escritos, a minha sobrevivência. Aliás, ações como estas e vindas dessa honrada família, não é novidade, é tradição que vem de berço e herdada do ilustre patriarca Serapião Antônio de Gois, um homem ético, dado ao conhecimento literário e assim sendo, seus descendentes procuram seguir o mesmo caminho, O CAMINHO DOS LIVROS.