Disortografia e Disgrafia : Uma das dificuldades específicas de aprendizagem

Seu filho está com dificuldade na escrita?

Alerta!!!

Esse distúrbio pode ser um “vilão” no processo da aprendizagem

As dificuldades de aprendizagens específicas estão relacionadas à forma como o indivíduo recebe, integra e, por fim, exprime a informação. Aqui falaremos de duas dificuldades de aprendizagens específicas - a disgrafia e a disortografia - frisando a sintomatologia   de cada uma, a fim de que, dessa forma, os pais e professores conheçam um pouco mais sobre cada uma delas e atentem a tempo de ajudar a criança encaminhando-a para o profissional adequado.

A disgrafia é uma alteração funcional no componente motor que afeta o ato de escrever (traçado ou grafia) do sujeito. A criança com disgrafia pode apresentar uma caligrafia deficitária, postura gráfica incorreta, letras desligadas ou sobrepostas e ilegíveis, desorganização nas formas das letras com tamanho muito grande ou muito pequeno, traçado grosso ou muito suave, rasuras ou borrões, escrita muito lenta ou excessivamente rápida. Quando você, pai, mãe ou professor, perceber essas características em uma criança fique em alerta, pois, se esses sintomas persistirem, pode ser um quadro de disgrafia. Vale ressaltar que, no processo de aprendizagem da escrita, a criança passa por um processo natural de dificuldade no traçado da letra; porém, se essa dificuldade continuar, o professor deve dedicar uma atenção especial ao educando, fornecendo orientações necessárias para que não haja uma evolução para uma disgrafia.

Já a disortografia é outra dificuldade específica na escrita que, segundo a DSM-5, configura uma perturbação específica com déficit na expressão escrita.  Crianças com disortografia apresentam dificuldade em compor textos escritos com frequentes erros gramaticais ou de pontuação; dificuldade em expressar seus pensamentos, respeitando as regras ortográficas; omissão, acréscimo, inversão de letras, sílabas ou palavras, trocando símbolos linguísticos que se parecem sonoramente (vassoura/fassoura; todos/totos); também esquecem de iniciar as frases com letra maiúsculas; e demonstram ainda falta de vontade de escrever, produzindo textos reduzidos com uma organização insatisfatória para a série, utilizando uma pontuação inadequada. Em suma, a disortografia é uma perturbação que afeta as aptidões da expressão escrita. Caso o professor perceba que seu aluno possui essas características, deve orientar os pais, de forma sutil, a procurarem um tratamento para essa criança, para que, assim, o profissional habilitado faça as devidas intervenções com o objetivo de amenizar ou sanar essa dificuldade.

É importante ressaltar que o diagnóstico multidisciplinar (que envolve a participação de vários profissionais como o pediatra, neuro, fonoaudiólogo, psicopedagogo psicólogo) dos transtornos de aprendizagem é de extrema importância para a criança, uma vez que permite uma melhor definição do perfil cognitivo, assim como uma precisão em identificar o estilo de aprendizagem, deixando emergir o tipo e a gravidade das dificuldades que afetam esse indivíduo. Enfim, o diagnóstico cuidadoso dos transtornos específicos de aprendizagem possibilita à criança e à família terem um acompanhamento adequado e eficiente, favorecendo o processo de aprendizagem de leitura e escrita ainda na fase inicial da alfabetização.