Você é servo ou pensador?


Que exemplo, não é? Quantas vezes nós nos deparamos com um problema que aparentemente parece insolúvel e, na verdade, a dificuldade não está exatamente em superar o problema. Está mais no nosso medo de ir em frente e confrontá-lo, pois “... ele é muito grande, não há como enfrentá-lo...”. E aí, o que acontece? Minimizamos, conformamo-nos e nos recolhemos a nossa “pseudoinsignificância” para logo a seguir assistir a alguém dizendo: “Não. Ele é muito grande, não há como errar”, e fazendo exatamente aquilo que nós, covardemente, não tivemos a coragem de fazer. Aí, o outro fez ouvidos moucos aos comentários gratuitos e despropositados, foi lá, fez e saiu vitorioso.


T. Harv Eker, autor do livro “O SEGREDO DE UMA MENTE MILIONÁRIA”, refere-se a esta mesma situação comparando a forma de pensar do rico e do pobre. Quando faz o comparativo entre quem tem uma mente milionária e aquele que tem uma mente pobre, ele diz:


O pobre acredita que seu destino está traçado e canta solenemente: “deixa a vida me levar, vida leva eu...”. O rico diz: não. Eu posso governar a minha vida e criar o meu destino, sou eu quem leva a minha vida, e não a vida quem me leva...


No dizer de Augusto Cury: “Eu sou um pensador e não um servo”. O servo segue os caminhos criados pelos outros, ou seja, o que os outros pensam. O pensador cria a sua própria identidade, faz seu próprio caminho. Ou seja, eu penso, eu tenho visão do que quero e do que não quero. Eu construo a minha vida.


E T. Harv Eker diz mais: O pobre foca nos obstáculos, nos problemas que vai enfrentar e desiste. O rico foca nas oportunidades e possibilidades de ultrapassar tais problemas e avança.


Disto tudo que acima foi colocado, e muito bem colocado, eu só questionaria a conceituação de pobreza e riqueza. Mas isso não vem ao caso.


O questionamento prender-se-ia ao relativismo nacional da baixa autoestima e o tão malfado comodismo do brasileiro: tá bom é assim mesmo, fazer o quê? Pois somos um povo rico com aspectos de muito pobres.


Não assumimos a nossa parte no processo evolutivo, somos sempre vítimas desampara das do sistema, achamos sempre um culpado para os nossos insucessos. Ninguém assume nada, nunca a culpa é nossa.


Somos também indolentes (pra não dizer preguiçosos e acomodados). O que mais queremos é trabalhar cada vez menos e ganhar cada vez mais. Ou, pior ainda: ganhar sem trabalhar.


E isso, infelizmente, não funciona. Não adianta empregar menos esforço/energia e esperar mais calor/resultado. Não, não há esta possibilidade. Não há jantar gratuito.


A realidade da vida é, e deverá continuar sendo, justa. Fez muito, muito deverá receber; fez pouco, pouco deverá receber, e se não fez nada, nada deverá receber.


Esta é a lei natural da reciprocidade. Graças a Deus, ainda vivemos num sistema em que quem faz consegue e quem não faz, somente por meios escusos, ilegais e, às vezes criminosos, conseguem.


O fazer, o trabalhar, o treinar, o estudar, o repetir ao máximo é o que cria energia. Como diz Waldez Ludwig; “só há faísca no atrito”. Quer faiscar, tem que atritar. Quer produzir, tem que trabalhar. Quer acertar, tem que treinar. Quer passar, tem que estudar. Não há milagres. A escolha é sua. PENSE NISSO.

“Quando Davi encarou Golias, falaram: ele é muito grande, não há como enfrentá-lo.

Mas Davi, confiante em Deus, falou:

Ele é muito grande, não há como errar”.

Citado Wendell Lira, 27 anos, jogador do Goiás, por ocasião do recebimento do prêmio Puskas de gol mais bonito do mundo de 2015, dia 10/01/2016.