12 Anos de dedicação e amor a Psicopedagogia

        Há cerca de 20 anos, quando lecionava, a sala de aula me incomodava, pois intrigava-me o fato de algumas crianças não conseguirem aprender no mesmo ritmo das outras, as quais acabavam ficando “para trás”, não conseguindo passar de ano. Como era difícil ver uma criança nessa situação!

        Nas idas e vindas da vida, continuei na área da educação, estudando, pesquisando, até chegar à psicopedagogia. Ela me daria as respostas? Comecei a pesquisar, a ler sobre psicopedagogia, e a cada leitura, a cada descoberta, meu coração palpitava mais forte e surgia a certeza de que era esse o caminho que eu realmente queria seguir, que queria abraçar! O caminho pelo qual e com o qual queria viver enquanto Deus me permitir. Foi o sim mais significativo da minha vida; o sim para acolher cada criança com sua especificidade, com sua singularidade, com seu jeitinho único de ser. E assim iniciei esse trabalho - que considero lindo!!! - em Itabaiana/SE.

      Nos dois primeiros anos de atendimento, os profissionais não conheciam bem o trabalho do psicopedagogo. Então, comecei a apresentar - permitam-me repetir e enfatizar - essa linda área de Certamente, o que se dizia muito do meu trabalho, na verdade, dizia muito de mim.

     Na prática clínica, após as intervenções psicopedagógicas, meus aprendentes começaram a desenvolver e a adquirir novas habilidades em um curto período de tempo. Assim acontecia o despertar dos meus pequenos grandes aprendentes. Descobríamos juntos o modo pelo qual cada um começava a aprender! Fora do meu consultório, no espaço do lar, as mãezinhas começaram a perceber que seus filhos podiam ir mais longe, que podiam adquirir novas habilidades e que, para que isso ocorresse sistematicamente, bastava levá-los para o consultório da Tia Edisângela, a “Doutora dos Brinquedos”, ou Tia do “Hot Wheels ‘, ou “Tia Nova”. Não importava a nomenclatura que usavam. O que importava era que, com o meu trabalho, as crianças que apresentavam dificuldade de aprendizagem não estavam sozinhas. Elas tinham agora a psicopedagoga para ajudá-los nessa linda caminhada do saber.

       “Edisângela olho pra você e só vejo amor”. Sim, o meu olhar e o meu corpo expressam amor, dedicação, respeito aos meus aprendentes, ao meu trabalho. Outros ficam curiosos e perguntam como foi que encontrei a psicopedagogia e eu respondo com o mesmo sentimento de mais de 20 anos atrás quando eu lecionava: crianças dedicadas, responsáveis, esforçadas desejavam melhorar na escola, mas não conseguiam, e eu sentia que não era preguiça. Não poderia ser! Havia algo que as impediam e de que a escola não dava conta de identificar. É nesse panorama diário da escola e do processo ensino-aprendizagem que se faz importante e essencial o papel do psicopedagogo, pois este investiga as causas das dificuldades de aprendizagem e trata-as, individualmente,  com o olhar mais acolhedor e puro, respeitando a singularidade de cada sujeito/aprendente e ajudando-o a sentir-se interessante e a desenvolver  novas habilidades! Nesse caminho e nesse caminhar, constatei que não há nada nada que supere o valor da beleza e plenitude dos voos alçados por aquele aprendente! E vivenciar isso é belo!

        Digo a todos que chegam no meu consultório que estamos entrando na adolescência, pois são exatos 12 anos de atendimento clínico. E como foi lindo completar 12 anos de atendimento psicopedagógico em minha cidade! Como valeu a pena cada minuto de estudo, cada final de semana em cursos! Como valeu a pena toda dedicação e empenho! Gratidão às famílias que confiaram e confiam no meu trabalho! Gratidão a Deus! Que venham mais 12 anos de sucesso de todos aprendentes que fizerem parte desta caminhada, pois o sucesso deles será o meu também!