Pabllo Vittar - Batidão Tropical

 

Foto: Arquivo de reprodução

Foto: Arquivo de reprodução

      Em um momento em que o pop brasileiro tem perseguido intensamente a reprodução das tendências internacionais, Pabllo Vittar vai na direção oposta e mergulha em suas raízes numa celebração ao norte e nordeste brasileiros em ‘Batidão Tropical, o quarto álbum da cantora.         

      O mais novo lançamento da maranhense é um tributo ao forró eletrônico dos anos 2000 e ao tecnobrega. São 9 faixas, sendo 3 inéditas e 6 regravações de bandas que fizeram a infância e adolescência de Pabllo. O resultado contém muita nostalgia, mas vai além; a sonoridade é bem contemporânea, repleta de experimentações com sintetizadores e elementos da música eletrônica.           

      Os dois primeiros singles, “Ama Sofre e Chora” e “Triste com T”, feitas pelo time da Brabo Music, são hits certeiros. Com uma sonoridade que bebe direto da fonte de bandas como Calcinha Preta, Mastruz com Leite e Magníficos. “A Lua” é uma parceria de Pabllo, Brabo Music e Alice Caymmi. Igualmente deliciosa, contagiante e dançante.         

      Entre as regravações, 3 são da banda Companhia do Calypso, principal referência da drag para o álbum e uma homenagem à vocalista do grupo, Mylla Karvalho. São Elas: " Ansia", "Zap Zum" e "Bang Bang". Cada uma dessas versões se destacam pela personalidade que Pabllo deu a elas, ainda assim, mantendo a essência das originais.         

      Ainda há as versões para "Apaixonada", da banda Batidão, o momento mais tecnobrega da obra; "Ultra Som", da banda Ravelly foi a versão mais experimental de todas, ousada e acertada; e "Não É Papel de Homem" da Kassikó tem uma performance empolgante apontando para o calypso.         

    ‘Batidão Tropical’ é o álbum pop do ano. Nele, Pabllo Vittar presta, como artista, um serviço enorme a música brasileira no cenário atual: mostrar o seu valor, exaltar suas origens, trazer o que é popular, o que embalou a vida de milhões de pessoas fora do sudeste para os holofotes e colocar na prática a importância de um cultura diversa, rica e valorizada pelo seu povo.