Uma história de amor pela psicopedagogia



        Há onze anos, iniciei o atendimento psicopedagógico clínico, sendo a pioneira nessa área, em Itabaiana, minha cidade. Os desafios foram muitos, pois a sociedade e alguns profissionais desconheciam o trabalho do psicopedagogo, ou não acreditavam neste. Aos poucos, porém, fui apresentando essa linda área de conhecimento aos meus conterrâneos e, devido a um trabalho pautado na seriedade e ética, a psicopedagogia foi ganhando espaço no município. Com cada aprendente que atendia, fui provando que aprender é para todos, que cada sujeito desenvolve suas habilidades, desde que sejam estimulado da forma adequada e, para isso, existe o psicopedagogo.

        A psicopedagogia é, para mim, a oportunidade de todo sujeito participar da sociedade, de forma efetiva, independente de suas limitações, promovendo a verdadeira inclusão. Com os atendimentos na clínica, fui me tornando mais realizada, pois consigo contribuir com o desenvolvimento afetivo/cognitivo dos meus pequenos/grandes aprendentes. E que amor sinto pela psicopedagogia! E que amor sinto por cada um que chega em meu consultório! E que gratidão tenho por poder participar da vida de tantas famílias e de tantos aprendentes.

        Mas o que é a psicopedagogia? Com o que ela se ocupa? É apenas brincar com as crianças? Para Bossa (2000), “a psicopedagogia no Brasil hoje é uma área que estuda e lida com a aprendizagem e suas dificuldades e, numa ação profissional, deve englobar vários campos de conhecimento, integrando-os e sintetizando-os”.

        Dessa forma, a psicopedagogia ocupa-se dos processos de aprendizagem do ser humano. Para isso, o psicopedagogo utiliza o lúdico, o brincar para adentrar no mundo da criança, para avaliar como ela joga/brinca, como ela se comporta diante das dificuldades no brincar e, com isso, identifica o porquê essa criança não estar aprendendo somente, então, é possível fazer as devidas intervenções psicopedagógicas e ajudar esse sujeito a encontrar o caminho do aprender. E como é lindo ver a criança/sujeito adentrando no mundo fascinante do conhecimento! Como sua autoestima melhora! Como esse sujeito percebe-se interessante, ou seja, aquele que tem saberes! E como fico feliz em acompanhar todo esse processo! Por isso, enfatizo a minha relação de amor pela psicopedagogia; por isso, todo meu cuidado, zelo, ética, dedicação, estudo, respeito e amor dispensados à psicopedagogia. E, assim, sou psicopedagoga com amor e por amor.

        É, portanto, com muito amor que comemoro no dia 12 de novembro, o dia do psicopedagogo, o meu dia, que é um dia de festa pra mim, pois amo ser psicopedagoga, amo encontrar meus aprendentes, amo o meu/nosso consultório psicopedagógico. Gratidão a todos que confiam no meu trabalho e gratidão aos meus pequenos/grandes aprendentes por tudo!