Recebi um aluno com Necessidades Educativas Especiais (NEE): O que faço?!

    Antes de saber como o/a professor/a deve proceder com o aluno que apresenta NEE, é fundamental que ele compreenda o conceito do que sejam essas necessidades educativas especiais e que tipo de aluno se enquadra nesse contexto.

    O termo NEE está associado a pessoas que apresentam problemas sensoriais, físicos, intelectuais e emocionais e com dificuldades de aprendizagem derivadas de fatores orgânicos e/ou ambientais. Há dois tipos de NEE: as permanentes e as temporárias. O primeiro tipo exige adaptações generalizadas do currículo escolar, devendo o mesmo ser adaptado às características do aluno, durante grande parte ou todo o seu percurso escolar, enquanto o segundo exige modificações parciais do currículo escolar, adaptando-o às características do aluno em determinado momento do seu desenvolvimento.

    Entendido isso, é importante o/a professor/a adotar alguns passos para ajudar esse aluno específico como:

1. Conhecer melhor esse estudante: quem é seu aluno? Do que ele gosta? Do que ele não gosta? O que é importante para ele? Quais as habilidades e dificuldades que ele possui? E, por fim, qual o modelo de aprendizagem desse aluno? Diante dessa informação o/a professor/a pode estar se perguntando: e pra que tudo isso? Para que se consiga reter a atenção desse aluno, partindo do interesse dele, relacionando o aprendizado com a própria vida. Dessa forma, o estudante dará sentido ao aprendizado.

2. Usar da emoção para associar o conteúdo trabalhado ao que o aluno identifica como algo agradável. Se o aluno com NEE  gosta de Super Mário Bros, por exemplo, elabore questões, textos, provas com esse personagem, pois vão atrair sua atenção, já que é algo de que ele gosta e que lhe dá prazer. Desse modo, estratégia como essa apoia-se em sensações agradáveis que dão prazer, o que facilita o processo de aprendizagem desse sujeito.

3. Dar significado ao que será ensinado, pois os alunos com NEE irão prestar mais atenção em coisas que fazem sentido para eles. Por exemplo: para um aluno que gosta de um determinado personagem, serão mais atrativas atividades que envolvam tal personagem. Quer seja em leitura quer seja em cálculo, esse aluno realizará a tarefa com mais afinco do que se a atividade fosse algo distante da realidade dele.

4. Utilizar o reforço positivo, que é adicionar um estímulo que aumente a ocorrência de um comportamento desejável, como por exemplo, o acréscimo de algo (pode ser uma palavra, objeto, passeio, uma comida etc.) como consequência desse comportamento, e não um estímulo (como simplesmente elogiar) dado de forma aleatória. Tal estímulo tem de estar presente depois da ocorrência do comportamento do aluno e nunca antes dele. Em outras palavras: elogiar uma criança é considerado um reforço positivo se o elogio for consequência de um comportamento e se aumentar a probabilidade de esse comportamento ocorrer outras vezes, isso, sim, é reforço positivo. Em sala de aula, funciona não só para os alunos de NEE, mas também para todos os que estão inseridos no ambiente escolar.         

    Seguindo tais passos, o/a professor/a consegue realmente incluir os alunos com NEE, obtendo resultados satisfatórios no que diz respeito ao processo de aprendizagem que os envolvem e, ainda, finaliza o dia de trabalho com a certeza do dever cumprido.         

Vamos ao trabalho?