UM LIVRO OU UMA ARMA - O que você daria pra seu filho?

    Até que ponto chegamos! Em pleno século XXI e em meio as grandes transformações da evolução tecnológica, retroagir de forma tão arcaica e deprimente, a ponto de agentes públicos e setores da sociedade, incentivaram o uso de armas, em detrimento do livro, é coisa que nos choca, que nos agride, que me fez pensar e escrever a respeito dessa insanidade.

    Pois é. Num país caracterizado por seus renomados cientistas, sociólogos, filósofos, escritores, poetas e professores, da estirpe de Castro Alves, Gonçalves Dias, Graciliano Ramos, Cora Coralina, Cassimiro de Abreu, Augusto dos Anjos, José de Alencar, Guimarães Rosa, Eça de Queiroz, Euclides da Cunha, Cecília Meireles, Gregorio de Matos, Joaquim Nabuco, Lima Barreto, Manoel Bandeira, Mário Quintana, Olavo Bilac, Rui Barbosa, Sílvio Romero, Tobias Barreto, Tarsila do Amaral, Machado de Assis, Monteiro Lobato, Raquel de Queiroz, Jorge Amado, Ariano Suassuna, Paulo Freire e tantos outros intelectuais, que se tornaram referências internacionais de conhecimento científicos, historiográficos e filosóficos etc., presente em nossos dias; se resumir a um estado deprimente, conservador e intolerante, sob a égide da demência, da ignorância, da psicopatologia crônica e da deficiência moral de um governo anacrônico.

    Inacreditável, mas é verdade! Depois de conquistarmos inúmeros avanços sociais e principalmente por meio da educação e da cultura, termos que conviver em meio a este descalabro pernicioso, profano e criminoso, oriundos de interesses escusos, onde se troca o princípio evolutivo do conhecimento geral, do respeito à vida e  da preservação da natureza, por sua total destruição, deixando claro seu apreço pelo ódio, pelo preconceito e pela violência. Diante disso, pergunto. Será que, governantes que assim precedem, estão mesmo no século XXI, ou no tempo da barbárie, do nazifascismo?

    Aliás, atos nazistas, fascistas e terroristas não faltam em governos ultrapassados, medíocres e incompetentes. Pois enquanto os países mais desenvolvidos se caracterizam pelo conhecimento educacional, da ciência, da tecnologia, pela  preservação da natureza e pelo empreendedorismo social, os menos evoluídos, a exemplo do Brasil, se caracterizam mesmo é  pelo preconceito, pela destruição da natureza, pela matança dos índios, pela poluição e pela violência como plataforma de governo, bem como pela vergonha que passam tais governantes, sendo motivos de chacotas perante o mundo civilizado e progressista.

    Se assim continuar, onde vamos parar? Como viver num país onde seus governantes inibem a educação e acultura com censuras e perseguições, chegando a dizer que nordestinos não deveriam estudar filosofia nem sociologia. Que ao invés de incentivar o conhecimento através do livro, dissemina é o porte de armas e com isso, o aumento da violência, principalmente contra a população carente, pobre, de cor, indígenas, mulheres e trans. Que ao invés de pensar ou pedir ajuda aos universitários, corta as verbas de programas científicos, fecha universidades e desmonta uma sociedade. Que tem a insanidade afirmatoria de que não houve e não há escravidão no Brasil. Que tem o disparate inergumetrico de agredir o trabalho educacional e social desenvolvimento pelo renomado professor Paulo Freire. O anacronismo do Brasil atual é tão acintoso e vergonhoso, notadamente no campo da educação e da cultura, que daqui a pouco vão querer até, se intrometer em nossas razões, direito de pensar, de falar e de escrever. Não duvido nada, pois não se pode esperar outra coisa de um esquema viciado, déspota, tirano, fascista e desumano de exceção, se não as atrocidades mais insanas, medíocres e delituosas que hora se verifica, como condenar livros a inquisição e armas a beatificação.

    Este não é o Brasil de ontem nem o do futuro. Está sendo o país desse momento obscuro, trevoso, leviano, preconceituoso e odiento, por conta de meia dúzia de parasitas aloprados sem argumentos que se acham os donos da consciência  das pessoas. Mas não o são! Porque, enquanto tiver pessoas conscientes, inteligentes e dispostas a lutarem por meio das ideias, haverá sempre a esperança de que um dia, voltaremos a ter o livro como a arma do conhecimento, do saber e da evolução, assim como a sociedade tem na força do trabalho, o único meio de crescer e viver dignamente, de forma livre e independente. Enquanto isso, nós escritores, pensadores, poetas e professores, vamos continuar escrevendo sim e espalhando nossas fontes de informações e conhecimento as pessoas, mesmo que enfrentando a tirania dos opressores, que de forma covarde nos agridem e tentam a todo custo, desqualificar a ideia de progresso e evolução através da educação. Leiam e continuem lendo. Pois quem lê, conhece e, ter conhecimento, é viver livre das amarras do poder nefasto da violência. Portanto, para cada arma desse, ou de qualquer outro governicho: um, dois, dez, cem, mil livros. Que é contra a educação e o progresso, se destruirão por meio das armas e, nós sobreviveremos através do conhecimento que os livros podem trazer. Armas significam o fim nefasto do ser humano! Livros significam saber, conhecimento, um futuro de esperança e de sucesso!

Faça a sua escolha!!!