Autismo: Conhecer para entender e acolher!

Dia 02 de Abril - Dia da Conscientização Mundial do Autismo

        Com o intuito de promover a conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e de garantir que a pessoa com autismo não tenha seus direitos civis amputados, alguns estados organizam eventos com profissionais das diversas áreas de conhecimento para debaterem sobre esse diagnóstico.

        Foi com esse propósito que a Psicopedagoga, Lidieri Barros (Pe), organizou, em Recife-PE, o “Encontro com Abordagem Internacional sobre Autismo – Autismo em uma abordagem multidisciplinar”, que aconteceu nos dias 29, 30 e 31 de março deste ano. Foi um encontro com profissionais da psicopedagogia, terapia ocupacional, psicologia, fonoaudiologia, educação física, neuropediatria, direito e escritores.

        

Dentre as atividades do evento, merece destaque a palestra da escritora Michelle Malab (BH), administradora de empresas, consultora em autismo em diversas clínicas do país para treinamento de pais e profissionais, que explorou o tema “Teoria da mente, verdades, mitos e impactos na vida social.” Com diagnóstico de TEA, recebido na vida adulta, ela pôde entender o porquê de reagir de forma diferente dos demais colegas de mesma idade. Em seus livros “A montanha-Russa vivendo a maternidade no autismo” e “Menina Aspie: troca-se uma borracha cheirosa por uma amiga”, Malab relata situações que vivenciou na escola e como sofreu por ser “diferente”, sendo excluída por se comportar de forma “diferente” e sincera, pois um autista jamais finge gostar de algo que lhe cause incômodo ou que lhe seja desagradável.

       No primeiro livro, a autora relata os desafios advindos do diagnóstico de TEA, que seu filho recebeu, dissertando sobre o processo de aceitação,luta pela qualidade de vida dele. No segundo, aborda momentos vivenciados, por ela, na infância e na adolescência, quando ainda não havia sido diagnosticada, relatando diversas situações peculiares que vale a pena conhecer.

        Para a autora o principal entrave para a pessoa diagnosticada com TEA é a ignorância, porque promove o preconceito. Por isso, é preciso que não só profissionais da saúde e familiares, mas também todos da sociedade entendam o que é o autismo e quais as possibilidades que existem e as que podem vir a existir para alguém (criança ou adulto, no caso da autora) com autismo poder ter direito a uma vida em sociedade altamente produtiva. Só o conhecimento sensibiliza, conscientiza e muda atitudes de julgamentos e de preconceito para atitudes de acolhimento. A edição 19 da Anova Revista já trouxe informações essenciais sobre o autismo que vale a pena conferir.

        Vamos então divulgar para sensibilizar e conscientizar!

Eu, Maria Edisângela Almeida Santos, Psicopedagoga, apoio essa causa!  E você?